A agenda ESG (Environmental, Social and Governance — Ambiental, Social e Governança) vem ganhando espaço nas empresas que buscam alinhar resultados financeiros a práticas sustentáveis e responsáveis. No Brasil, esse movimento tem sido impulsionado por investidores, consumidores e órgãos reguladores que exigem mais transparência e responsabilidade socioambiental das organizações.
Dentre os três pilares do ESG, o “S” — Social — ainda é, muitas vezes, o menos compreendido e aplicado. No entanto, é exatamente nesse eixo que a gestão dos riscos psicossociais se torna fundamental.
O que são riscos psicossociais?
São fatores do ambiente de trabalho que podem causar impactos negativos à saúde mental, emocional e social dos colaboradores. Entre eles estão:
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Assédio moral e sexual
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Comunicação agressiva ou negligente
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Carga excessiva de trabalho e pressão constante por resultados
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Falta de reconhecimento, apoio ou equidade
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Lideranças despreparadas para lidar com conflitos humanos
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Clima organizacional tóxico ou insalubre
Esses riscos não apenas afetam diretamente a saúde e o bem-estar dos profissionais, como também geram consequências para a empresa: aumento do absenteísmo, rotatividade, afastamentos por adoecimento psíquico, perda de produtividade, conflitos internos e passivos trabalhistas.
A conexão estratégica com o ESG
A gestão de riscos psicossociais está totalmente alinhada ao pilar Social do ESG. Isso porque empresas que adotam práticas para promover um ambiente de trabalho saudável, respeitoso e inclusivo demonstram, na prática, seu compromisso com a responsabilidade social.
Além disso, essas ações fortalecem a governança, reduzem riscos jurídicos e contribuem para a construção de uma reputação sólida e confiável — elementos cada vez mais valorizados por investidores e parceiros de negócios.
Como avançar nesse tema?
Empresas comprometidas com uma cultura ESG consistente podem adotar diversas estratégias para prevenir e lidar com riscos psicossociais, tais como:
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Diagnóstico organizacional e mapeamento de riscos psicossociais
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Desenvolvimento de líderes com foco em inteligência emocional e gestão humanizada
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Palestras e treinamentos corporativos sobre prevenção de assédio, comunicação não violenta e saúde mental
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Estabelecimento de canais internos de escuta e mediação de conflitos psicossociais
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Monitoramento contínuo e revisão das práticas de gestão de pessoas
Essas medidas vão além da conformidade legal: tratam-se de iniciativas que constroem ambientes de trabalho mais justos, colaborativos e sustentáveis.
Um diferencial estratégico
Cuidar da saúde emocional das pessoas não é apenas uma questão de empatia ou de imagem. É uma necessidade estratégica. Empresas que investem em prevenção e bem-estar têm mais engajamento, produtividade e longevidade no mercado.
Se o ESG está na pauta da sua empresa, lembre-se: o compromisso com as pessoas começa de dentro.