O divórcio pode ser um momento de grande turbulência emocional para os pais e, especialmente, para os filhos. Quando os pais não oferecem suporte emocional adequado durante esse processo, as consequências podem ser profundas, principalmente para crianças pequenas, cujos cérebros ainda estão em desenvolvimento, impactando diretamente o comportamento e o bem-estar das crianças.
A guarda compartilhada, que desde 2014 é a regra no Brasil, busca garantir que ambos os pais permaneçam envolvidos na criação dos filhos após a separação. No entanto, a falta de regras claras sobre responsabilidades e horários pode gerar mais tensões e confusão. Se os pais não conseguem se comunicar de maneira eficaz ou um dos pais não cumpre acordos previamente estabelecidos, os filhos acabam sendo os mais prejudicados, com aumento da ansiedade e insegurança.
Por isso, é crucial que os pais, ao optarem pela guarda compartilhada, elaborem um plano de parentalidade. Esse plano deve definir claramente as responsabilidades de cada um, com horários, deveres e expectativas de comunicação. Além disso, é importante prever penalidades para o caso de descumprimento, a fim de minimizar conflitos e garantir que a criança tenha uma rotina estável, essencial para seu desenvolvimento emocional e cognitivo.
Estudos mostram que crianças cujos pais conseguem manter um relacionamento respeitoso e colaborativo após o divórcio têm melhores resultados emocionais e sociais. Dessa forma, o planejamento e a organização dos pais não só protegem os direitos dos filhos, mas também promovem sua saúde mental.
O divórcio é, por si só, um desafio, porém, um planejamento adequado da guarda compartilhada, com regras claras e penalidades previstas, pode ser a chave para garantir o bem-estar das crianças e preservar seu desenvolvimento emocional saudável.